O Ministério da Educação (MEC) divulgou, na última sexta-feira (18) o resultado preliminar da seleção de Experiências Inspiradoras de Gestão e Projetos Pedagógicos de Educação Integral em Tempo Integral. De 734 projetos destacados em nível nacional, Campos dos Goytacazes ficou entre os 40 selecionados no estado do Rio de Janeiro que apresentaram experiências e/ou projetos exitosos.
O anúncio foi feito por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB). “Agora aguardaremos as informações para saber como será o processo de apresentação desse trabalho para o MEC. Atualmente, 13 escolas do Programa funcionam em tempo integral em Campos, além das 81 creches municipais”, comenta a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia de Campos, Tânia Alberto.
A supervisora de Educação em Tempo Integral, Ana Márcia Scot, relata que Campos tem investido sistematicamente em ações voltadas à alfabetização e à recomposição das aprendizagens, reconhecendo a importância de um processo educativo mais equitativo e inclusivo.
“O Programa Escola em Tempo Integral tem proporcionado aos estudantes a ampliação da permanência nas unidades escolares”, avalia Ana Márcia apontando que são ofertadas atividades que promovem o desenvolvimento integral dos educandos, contemplando dimensões cognitivas, sociais, culturais, esportivas e tecnológicas.
“Estamos formando parcerias intersetoriais com o objetivo de ampliar o diálogo entre a escola e a sociedade”, resume a supervisora ressaltando que através da iniciativa é promovida a corresponsabilidade na formação dos estudantes e no fortalecimento do vínculo entre a comunidade escolar e seu território.
O edital é uma iniciativa do Programa Escola em Tempo Integral (ETI), realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, por meio do grupo Territórios, Educação Integral e Cidadania (Teia). O objetivo é identificar, mapear e divulgar experiências inspiradoras de gestão pública e de projetos pedagógicos de educação integral em tempo integral.
SISTEMATIZAÇÃO – Segundo Ana Márcia, o programa fomenta a criação de matrículas em tempo integral (igual ou superior a sete horas diárias ou 35 horas semanais) em todas as etapas e as modalidades da educação básica. A medida proporciona a ampliação da jornada de tempo na perspectiva da educação integral e a priorização das escolas que atendem estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica.
“O governo federal fornece assistência técnica e financeira considerando propostas pedagógicas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, acentua a supervisora. No resultado preliminar, foram selecionados 25 estados e 709 municípios, sendo 14 capitais.
Todas as iniciativas farão parte do mapa de experiências, publicação que destacará projetos e práticas inspiradoras, cujo lançamento está previsto para o mês de outubro. “Além das redes de ensino selecionadas para o mapa, 25 terão suas experiências sistematizadas em um caderno de narrativas, que será publicado em dezembro”.
ENTREGA DE MATERIAL – Destacando, Ana Márcia cita que 75 secretarias participarão da rede de trocas, que vai de março a novembro de 2026; e 125 apresentarão suas práticas na Mostra Nacional de Práticas Inspiradoras de Gestão e de Projetos Pedagógicos de Educação Integral em Tempo Integral, que ocorrerá nos dias primeiro e dois de outubro, na Faculdade de
Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.
Nesta quarta-feira (23) as escolas em regime de tempo integral da rede municipal começaram a receber instrumentos musicais e equipamentos de som para equipar salas multiuso para práticas musicais e produção de conteúdos pedagógicos. As primeiras entregas foram realizadas no Instituto Profissional São José e no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Arnaldo Rosa Viana.
De acordo com Ana Márcia, os recursos serão utilizados nos laboratórios que estruturam a proposta curricular da ETI. “A entrega dos materiais pedagógicos representa um importante passo na consolidação da Política de Educação Integral no município”, assinala a supervisora, acentuando que a iniciativa integra o ETI, promovido pelo MEC.
Fonte: Jornal O Dia
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