Uma universitária do 5º período de um curso de Enfermagem em Itaperuna está sob investigação por um episódio suspeito de racismo. Durante uma aula prática, uma pequena desavença com a professora escalou rapidamente. Depois ser repreendida, a aluna reagiu ríspidamente, e pediu que a docente mudasse o tom de voz, e a discussão persistiu.
Nesse momento, um outro aluno, de 20 anos, interveio na discussão, para apoiar a professora. A moça então, em um gesto que causou estranhamento e indignação, puxou o próprio jaleco branco, passou o dedo pelo antebraço e fez um sinal para que o rapaz se calasse.

O jovem interpretou o gesto como uma clara manifestação de racismo, entendendo-o como uma insinuação de que pessoas negras não teriam o direito de se expressar. Duas colegas de curso presenciaram a cena e testemunharam o ocorrido.
O caso, que está sendo tratado como injúria racial, está sendo apurado na 143ª DP/Itaperuna. O tipo de conduta relatado pode configurar crime previsto no Artigo 2º-A da Lei nº 7.716/89 (Lei do Racismo), com as alterações trazidas pela Lei nº 14.532/2023, que define a injúria racial como crime de racismo, com pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.