A gestão de Wladimir Garotinho e Frederico Paes deu mais um passo significativo na promoção da saúde da população. A Unidade de Acolhimento Infantojuvenil (UAI), vinculada à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e ao Programa de Saúde Mental, foi reinaugurada nesta segunda-feira (2), em cerimônia que contou com a presença do prefeito e da primeira-dama, Tassiana Oliveira. O espaço, destinado ao acolhimento e proteção de adolescentes entre 12 e 18 anos em situação de vulnerabilidade ou afastamento familiar, foi completamente revitalizado após sofrer um incêndio em 2024.
Para o prefeito, a retomada das atividades da unidade supre uma importante necessidade no atendimento a pessoas em situação delicada, destacando o valor do cuidado humanizado. “Cuidar de quem está em situação de fragilidade é um compromisso. Quem chega até aqui precisa de acolhimento e carinho. É nossa missão oferecer esperança, pois um ambiente afetivo pode ser decisivo no processo de recuperação. A Bíblia diz: ‘Quero trazer à memória o que me pode dar esperança’. Se alguém sai daqui sem esperança, tende a retornar às ruas em condições ainda piores. Estou imensamente satisfeito com a reabertura, pois sei da relevância deste serviço”, afirmou Wladimir.

O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, também ressaltou a importância da retomada do serviço para o fortalecimento da rede de cuidados em saúde mental voltada a jovens. “Nosso principal objetivo é transformar vidas, reestruturando unidades e implementando novas diretrizes de atendimento, com especial atenção às situações envolvendo dependência química. Hoje é um marco significativo nesse processo”, pontuou.
Bruna Ferreira, responsável pela coordenação da unidade, compartilhou sua motivação com o novo desafio. “Tenho vivência com infância e saúde mental, e assumo o compromisso de acompanhar de perto as dimensões pedagógicas e emocionais, garantindo que, apesar das dificuldades, essas vidas vulneráveis possam experimentar mudanças positivas”, destacou.
Também participaram da solenidade os vereadores Marcione da Farmácia; Cabo Alonsimar; Ciro Rocha; Marquinhos do Transporte; Dudu Azevedo; Juninho Virgílio; Pastor Marcos Elias, além de secretários municipais e representantes locais.
UAI — Com capacidade para 8 a 10 leitos, a unidade foi equipada com móveis e infraestrutura nova para atender esses munícipes em vulnerabilidade social. “A UAI é o cuidar de portas abertas que lida com questões que atravessam, até mesmo, uma situação de uso de drogas. O serviço é destinado a acolher menores que estão em conflito nos acolhimentos, mas que não são considerados infratores, fornecendo moradia temporária para esses jovens enquanto eles passam por essa fase de acolhimento”, informou a gerente de Saúde Mental, Cristiane Vasconcelos, acrescentando que a unidade pode ser classificada como Casa-Lar, lar-abrigo ou outros espaços que oferecem cuidados substitutivos familiares em ambiente semelhante a uma residência.
A unidade, que é um “braço” do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), conta com uma equipe multidisciplinar constituída por psicólogo, pedagogo, enfermeiro e assistente social. O fluxo de entrada se dá pelo CAPSi ou por meio dos acolhimentos da Fundação Municipal da Infância e Juventude (FMIJ).
ASSISTÊNCIA — Além da Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em Campos está subdivida em:
– Ambulatório Ampliado de Saúde Mental;
– Cinco Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) – Serviço de saúde mental que oferece atendimento especializado a pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de álcool e outras drogas;
– Cinco Residências Terapêuticas (RTs) – Espaços de moradia destinados a pessoas com transtornos mentais que precisam de cuidados e apoio para retomar uma vida mais independente e social. São uma alternativa ao tratamento institucionalizado, visando a reinserção social e a autonomia dos indivíduos;
– Serviço de Matriciamento, que é uma prática de saúde que visa produzir saúde no território, em parceria com a Atenção Primária. Essa abordagem busca cuidar dos usuários de saúde mental onde eles moram, utilizando Unidades Básicas de Saúde e evitando o aumento de atendimentos em urgências e emergências. O foco é oferecer cuidado próximo à residência do usuário;
– Serviço de Desinstitucionalização (Desins), que é um processo que facilita a entrada e saída dos usuários na RAPS;
– Centro de Reabilitação Física e Intelectual de Pessoas Especiais (CREFIPE), situado em Santa Maria de Campos, funciona dentro da UBS local e foca na reabilitação de pessoas com transtorno do espectro autista, especialmente na parte neurológica. O atendimento é voltado para crianças e adolescentes de 0 a 17 anos.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes