Cinco anos após a pandemia de covid-19, Brasil registra 664 mortes em 2025

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Por diario
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Em 11 de março de 2020, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, declarou que o mundo estava oficialmente em pandemia de covid-19, devido à ampla disseminação da doença globalmente. Naquele momento, o Brasil registrava 52 casos confirmados. O primeiro caso no país foi identificado em 26 de fevereiro, em São Paulo. Cinco anos após o início da pandemia, o Brasil já contabiliza mais de 39 milhões de casos confirmados e mais de 715 mil mortes.

A crise sanitária exigiu que os países adaptassem seus sistemas de saúde para atender aos pacientes, modificassem o modelo de trabalho — com a interrupção temporária de atividades não essenciais e a implementação do home office — e adotassem práticas de higiene, como a limpeza frequente das mãos e o uso de máscaras.

“Deixe-me resumir em quatro áreas principais. Primeiro, preparem-se e estejam prontos. Segundo, detectem, protejam e tratem. Terceiro, reduzam a transmissão. Quarto, inovem e aprendam. Lembro a todos os países que estamos pedindo que ativem e ampliem seus mecanismos de resposta a emergências”, declarou Tedros ao anunciar a pandemia em 2020.

Em entrevista ao Correio, o infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Anchieta, Henrique Lacerda, destaca que a pandemia evidenciou a importância da ciência na resposta a crises de saúde pública.

“Observou-se um aumento na valorização das vacinas, com maior adesão às campanhas de imunização e o reconhecimento de seu papel fundamental na prevenção de doenças graves. No entanto, o período também foi marcado pelo crescimento do movimento antivacina, o que trouxe desafios para as autoridades de saúde no sentido de conscientizar a população sobre a necessidade da imunização”, explica o especialista.

Ainda segundo o infectologista, embora a situação tenha evoluído positivamente, a covid-19 continua presente, e a manutenção dos cuidados é crucial para prevenir novas infecções e proteger a saúde da população.

“Alguns hábitos que poderiam ter se consolidado não se mantiveram ao longo do tempo. O uso contínuo de máscaras por pessoas com sintomas gripais, por exemplo, poderia ter se tornado uma prática diária para reduzir a transmissão de vírus respiratórios, mas foi amplamente abandonado. Da mesma forma, a higienização intensiva de superfícies, que foi uma prioridade no auge da pandemia, perdeu força, apesar de sua importância na prevenção de diversas doenças”, observa Henrique.

Covid-19 em 2025

De acordo com o Ministério da Saúde, o cenário da covid-19 em 2025 ainda apresenta casos da doença, embora com números relativamente baixos. Até 25 de fevereiro, as secretarias de saúde registraram 130.507 casos e 664 óbitos por covid-19. No mesmo período de 2024, esses números eram de 310.874 casos e 1.536 óbitos. No entanto, é importante ressaltar que os dados de 2025 são preliminares e podem ser atualizados.

Fonte: Correio Braziliense

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