Fevereiro Roxo: Apoio a pacientes com suspeita ou diagnóstico de Alzheimer

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Por diario
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O mês de fevereiro traz consigo uma relevante campanha de conscientização sobre a Doença de Alzheimer e outras condições cognitivas. O Fevereiro Roxo tem como objetivo alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados necessários para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. Em Campos, o Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson (CDAP) desempenha um papel crucial no atendimento especializado a esses casos.

Conforme a médica geriatra e coordenadora do CDAP, Deborah Casarsa, a atenção às políticas públicas de saúde no que diz respeito aos sintomas demenciais é uma das prioridades do prefeito Wladimir Garotinho. “Para ser atendido no CDAP, o paciente precisa ser encaminhado, seja pelas unidades de saúde do município, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e policlínicas, ou por um médico particular, quando houver queixa significativa de perda de memória”, explicou a médica.

O atendimento no CDAP começa com uma avaliação cognitiva, composta por testes específicos de memória e outras funções. “O paciente passa por uma avaliação, e com base na pontuação obtida, ele será direcionado para a equipe multidisciplinar”, esclarece a doutora Deborah. Essa equipe inclui profissionais especializados, como psiquiatras, neurologistas ou geriatras, além de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e outros especialistas que acompanham o paciente conforme suas necessidades diárias.

A médica enfatiza a importância do apoio à família no cuidado aos pacientes: “A família precisa entender que Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que progride com o tempo, afetando a memória e as habilidades funcionais. Tarefas simples do dia a dia, como escovar os dentes ou atender o telefone, tornam-se desafiadoras. Quanto mais a família compreender a doença, mais fácil será o manejo do paciente”, afirmou Casarsa.

Além disso, o CDAP oferece orientações para ajudar os familiares a lidarem com alterações comportamentais frequentes nos pacientes, como episódios de agitação no final do dia. “Mudanças no comportamento, como confusão no período da tarde, podem ser aliviadas com ações simples, como fechar as cortinas para evitar que o paciente perceba a mudança do dia para a noite. Outras abordagens, como a terapia com bonecas, também podem ser úteis, permitindo que o paciente canalize comportamentos irritadiços para gestos de carinho e cuidado”, acrescenta a coordenadora.

De acordo com Deborah Casarsa, o tratamento não farmacológico é fundamental para o cuidado desses pacientes. “Embora os medicamentos sejam importantes para retardar a progressão da doença, as intervenções cognitivas são essenciais. Essas intervenções têm como objetivo aumentar a reserva cognitiva, ou seja, a capacidade de memória do paciente, além de estimular a neuroplasticidade do cérebro, o que ajuda o órgão a se adaptar de maneira mais eficiente ao avanço da doença”, explicou a médica.

Portanto, o Fevereiro Roxo é mais do que uma simples campanha de conscientização; é um chamado à ação. “É crucial que as famílias fiquem atentas aos primeiros sinais da doença, para que o tratamento seja iniciado o quanto antes”, concluiu a coordenadora do CDAP.

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes

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