Trump deve decidir nas próximas duas semanas se os EUA entrarão em conflito com Irã e Israel, afirma Casa Branca

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Por diario
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que irá tomar uma decisão sobre o possível envolvimento americano na guerra entre Israel e Irã dentro de um prazo de até duas semanas.

A declaração foi divulgada nesta quinta-feira (19) pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Em nota à imprensa, Leavitt afirmou que Trump declarou:

“Considerando que há uma chance significativa de negociações, que podem ou não acontecer com o Irã em breve, vou decidir se o país participará ou não [do conflito] nas próximas duas semanas.”

Segundo a porta-voz, Trump está aberto a uma solução diplomática, mas considera prioritário impedir que o Irã avance no desenvolvimento de armas nucleares.

Ela também ressaltou que qualquer eventual acordo precisaria barrar o enriquecimento de urânio e eliminar a capacidade iraniana de fabricar armamento atômico.


⚔️ Conflito entre Israel e Irã se intensifica

As declarações acontecem em meio ao agravamento do confronto no Oriente Médio. Desde a última sexta-feira (14), os dois países têm trocado ataques, aumentando a pressão internacional.

Desde então, Trump tem alternado falas que demonstram desejo de uma resolução pacífica com declarações que sugerem uma possível ação militar dos Estados Unidos.


🇺🇸 Caminho para o envolvimento dos EUA

O aumento da tensão no Oriente Médio tem levado especialistas a considerarem inevitável a entrada dos Estados Unidos no conflito.

Segundo fontes da imprensa americana, Trump autorizou de forma preliminar planos para uma possível ofensiva contra o Irã, ainda sem confirmação oficial.

Na quarta-feira (18), ele se reuniu com o Conselho de Segurança Nacional e discutiu a possibilidade de uma intervenção militar.

Em resposta, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, alertou que qualquer ataque dos EUA terá “consequências graves e irreversíveis”, prometendo retaliação caso o país sofra bombardeios.


🤝 EUA e Israel: aliança estratégica

Os Estados Unidos mantêm uma parceria histórica com Israel e costumam apoiar o país em disputas na região. Em fevereiro, Trump retomou a política de “pressão máxima” sobre o Irã, buscando forçar um novo acordo nuclear.

Em declarações anteriores, ele já havia dito que, caso as negociações fracassassem, consideraria uma ação militar com o apoio de Israel.

Postagens recentes nas redes sociais, nas quais Trump usa o termo “nós” ao falar sobre o espaço aéreo iraniano, reforçaram as suspeitas de envolvimento direto dos EUA no conflito.


✈️ Movimentações militares americanas

Nas últimas semanas, os EUA ampliaram sua presença militar na região com o envio de aviões de combate e aeronaves estratégicas. Equipamentos também foram deslocados da Europa para reforçar a atuação no Oriente Médio.

Para o professor Maurício Santoro, doutor em Ciência Política, os deslocamentos não são apenas demonstrações de força:

“O tipo de armamento e a escala da movimentação indicam um preparo real para conflito”, afirma.
Ele também chama atenção para o uso de navios especializados em desminagem, o que aponta para um possível embate naval no Golfo Pérsico.


☢️ Capacidade militar contra o programa nuclear iraniano

Segundo Gunther Rudzit, especialista em Relações Internacionais, o fim do programa nuclear iraniano é de interesse direto dos EUA:

“Mesmo que o secretário de Defesa relute, há uma pressão para apoiar Israel na eliminação dessa ameaça”, diz.
Priscila Caneparo, doutora em Direito Internacional, reforça que só os Estados Unidos têm armamentos capazes de destruir as instalações subterrâneas onde o Irã mantém seu programa nuclear.


🗳️ Impacto político para Trump

Os especialistas divergem quanto ao impacto político de uma possível entrada dos EUA na guerra.

Priscila Caneparo aponta que o envolvimento militar contradiz promessas de campanha de Trump e pode prejudicar sua imagem entre os eleitores.

“Isso pode ser malvisto por sua base, que espera menos envolvimento em guerras externas”, analisa.

Já Gunther Rudzit avalia que o efeito eleitoral pode ser mais limitado:

“Trump tem forte influência sobre seu eleitorado. Se construir uma nova narrativa, ele pode manter apoio mesmo com uma ação militar.”

Fonte: G1

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