O Conselho de Segurança da ONU fez nesta sexta-feira (20) uma reunião de emergência sobre o conflito entre Israel e Irã.
“Estamos no caminho do caos.” Foi assim que o secretário-geral da ONU, António Guterres, abriu a reunião do Conselho de Segurança. Ele disse que a expansão desse conflito pode iniciar um incêndio que ninguém será capaz de controlar.

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU, Rafael Grossi, afirmou que ataques a usinas nucleares jamais deveriam acontecer e alertou para o risco de vazamentos radioativos com consequências graves.
O embaixador do Irã declarou que está alarmado com as ameaças de que os Estados Unidos e que o envolvimento americano violaria a carta da ONU e a igualdade soberana dos países. E o embaixador israelense afirmou:
“Nós não vamos parar até que a ameaça nuclear do Irã seja desmantelada.”
A reunião de emergência foi pedida pelo Irã, com o apoio da China e da Rússia — dois países que, assim como os Estados Unidos, têm poder de veto no Conselho de Segurança. Os discursos na ONU deixaram claras as diferenças de posicionamento entre as potências mundiais.
O embaixador chinês enfatizou que a questão nuclear só poderá ser resolvida com negociação. Perguntado sobre o que a China faria se os Estados Unidos entrassem no conflito, ele respondeu:
“Esperamos que o presidente Trump não tome essa decisão.”
Já a Rússia acusou os americanos e os europeus de serem cúmplices dos estaques de Israel.
A representante dos Estados Unidos disse que o Irã teria evitado o confronto se tivesse abandonado o programa de enriquecimento de urânio, e que não é tarde demais para isso.
À tarde, o presidente americano Donald Trump disse a jornalistas que pode apoiar um cessar-fogo no conflito, mas que é difícil pedir para Israel parar com os ataques aéreos. Ele confirmou que os Estados Unidos estão em contato com o Irã para negociar uma solução.
Fonte: G1