Rio de Janeiro confirma primeira morte causada pela Febre do Oropouche

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Por diario
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O estado do Rio de Janeiro registrou a primeira vítima fatal da Febre do Oropouche. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (16) pela Secretaria de Estado de Saúde. O paciente era um homem de 64 anos, residente em Cachoeiras de Macacu, que foi internado na Região Metropolitana em fevereiro e faleceu quase um mês depois.

As amostras foram examinadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A Secretaria de Estado de Saúde acompanha semanalmente a evolução da Oropouche. Desde o ano passado, nossos profissionais vêm realizando treinamentos com os municípios, com foco na prevenção da disseminação do vírus e no aprimoramento do atendimento aos pacientes”, afirmou a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello.

Cachoeiras de Macacu, que possui 92 cachoeiras catalogadas e é destaque na produção de frutas como goiaba e banana, apresenta condições propícias para a presença do maruim — conhecido popularmente como mosquito pólvora — principal vetor da doença.

“A Febre do Oropouche é uma enfermidade recente no estado e exige atenção redobrada. O maruim é um inseto pequeno, comum em áreas de mata e ambientes silvestres. Por isso, é importante usar roupas que cubram boa parte do corpo, aplicar repelente nas regiões expostas da pele, manter quintais limpos, remover folhas e frutos caídos, além de instalar telas finas em portas e janelas”, orienta o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sergio Ribeiro.

Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue. O período de incubação varia de quatro a oito dias. Os primeiros sinais incluem febre alta, dor de cabeça, dores nas articulações e musculares, calafrios e, em alguns casos, náuseas e vômitos persistentes por até cinco a sete dias. Na maioria das ocorrências, a recuperação ocorre dentro de uma semana.

Entretanto, a infecção pode se tornar mais grave em pessoas vulneráveis, como crianças e idosos com mais de 60 anos.

O primeiro caso registrado no estado ocorreu em fevereiro do ano passado, em um paciente com histórico de viagem ao Amazonas. Em 2024, foram notificados 128 casos, sendo a maioria em Piraí.

Já em 2025, até o dia 15 de maio, foram confirmados 1.484 casos. Os municípios com maior número de notificações são: Cachoeiras de Macacu (649), Macaé (513), Angra dos Reis (253) e Guapimirim (164).

Fonte: G1

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