A Comissão de Normas Internas e Proposições Externas da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (20), a indicação do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) para ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE). A nomeação foi oficializada pelo governador Cláudio Castro (PL) na segunda-feira (19).
Todos os cinco membros da comissão votaram a favor da indicação, que agora seguirá para votação no plenário da Alerj. A análise está agendada para esta quarta-feira (21).
A escolha de Pampolha para o cargo de conselheiro faz parte de uma estratégia política que busca ampliar a projeção do presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar (União). Com a saída do vice-governador rumo ao TCE, Bacellar se torna o primeiro na linha sucessória de Cláudio Castro.
Segundo apuração da TV Globo, a expectativa é que o governador conceda ainda mais espaço a Bacellar, o que pode resultar numa eventual renúncia de Castro no primeiro semestre de 2026. Nesse contexto, o atual governador disputaria uma vaga no Legislativo, enquanto Bacellar tentaria a reeleição ao cargo de governador já no exercício da função.
Sem a indicação de Pampolha ao Tribunal, uma possível renúncia de Castro beneficiaria diretamente o vice, com quem o governador tem tido uma relação distante desde o início de 2024.
Durante a sabatina, Pampolha ressaltou que não tinha, inicialmente, a intenção de assumir uma posição no TCE.
“Não era um objetivo pessoal desde o início. Fui eleito vice-governador do Estado e exerci essa função com dedicação, ao lado do governador Cláudio Castro, contribuindo com minha experiência e visão, sempre buscando colaborar com uma administração voltada para o bem da população”, afirmou.
“Contudo, compreendi que neste momento essa escolha representa um passo importante na minha trajetória, e por isso decidi me candidatar ao cargo de conselheiro do TCE”, completou.
Ao ser questionado sobre sua atuação futura no Tribunal, Pampolha garantiu que, apesar de sua carreira política, atuará com autonomia, e defendeu que o TCE deve exercer um papel de orientação.
“Vou seguir estritamente a legislação, atuando com planejamento e estratégia, pois acredito que o Tribunal pode ser um aliado dos gestores públicos na construção de políticas mais eficientes.”
Fonte: G1
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