Em um cenário global onde cresce a necessidade de atender à demanda energética com menor impacto ambiental, o prefeito Wladimir Garotinho anunciou que Campos dos Goytacazes vai abrigar o primeiro projeto brasileiro de energia solar com armazenamento em baterias, utilizando o sistema off-grid — que proporciona maior independência para comunidades sem acesso à rede elétrica convencional. O investimento ultrapassa os R$ 2 bilhões e prevê a criação de 3 mil vagas de trabalho. Nesta quinta-feira (8), o prefeito se reuniu no Rio de Janeiro com representantes da empresa Natural Energia, responsável pela iniciativa. Atualmente, Campos ocupa a segunda colocação no ranking estadual de produção de energia solar, ficando atrás apenas da capital fluminense.
“Essa é uma conquista imensa para nossa cidade, que comprova que Campos está novamente inserida no cenário internacional de investimentos em energia. Agradeço à Natural Energia por confiar em nosso trabalho e no potencial da nossa terra”, declarou o prefeito Wladimir.

O secretário de Petróleo, Energia e Inovação, Marcelo Neves, destacou que “Campos se transformou em um polo de geração de energias limpas, contemplando diversas fontes sustentáveis, como a solar fotovoltaica, o etanol, a energia eólica e o biogás de metano gerado no Centro de Tratamento de Resíduos, localizado em Conselheiro Josino, que é convertido em energia elétrica posteriormente inserida na rede”.
“O município de Campos tem um histórico pioneiro na área energética. Desde o século XIX, com a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar; fomos a primeira cidade da América Latina a contar com iluminação pública elétrica. Depois, com a chegada do petróleo, e agora, ganhando destaque na produção de energia renovável. A chegada da Natural Energia reforça ainda mais esse avanço do setor”, completou o secretário.
Ele acrescentou que a diversificação e a segurança energética são fatores essenciais para atrair novos empreendimentos industriais. “Para que uma empresa escolha uma cidade para se instalar, é preciso ter energia em abundância, boa infraestrutura logística — o que Campos oferece com rodovias, o Porto do Açu, um aeroporto e a futura ferrovia EF-118, que ligará o Rio de Janeiro ao Espírito Santo”, afirmou.
Marcelo também ressaltou a qualificação da mão de obra local, graças ao papel do município como polo universitário, com instituições que oferecem cursos voltados à área energética. “Temos formação em engenharia elétrica, eletrotécnica, manutenção elétrica, eletromecânica, entre outros. Além disso, contamos com uma secretaria dedicada ao setor: Petróleo, Energia e Inovação”.
“Estamos diante de uma crescente demanda energética, em um momento de crise climática, e precisamos avançar de maneira sustentável, com o menor impacto possível ao meio ambiente. Diversas cidades do Brasil e da Europa vêm enfrentando instabilidades no fornecimento elétrico, como o apagão da semana passada. A resposta está na energia renovável. E com a presença de várias empresas do setor solar em Campos, além da chegada de uma com tecnologia de armazenamento, temos um panorama extremamente promissor”, finalizou Marcelo Neves.
Mais energia solar e menos emissões de CO₂ — Segundo dados da Secretaria de Petróleo, Energia e Inovação, entre abril e maio, a potência instalada da geração solar fotovoltaica atingiu 98.192 kW pico, beneficiando 15.363 unidades. Nesse intervalo, a produção média mensal de energia foi de 14.700 MWh, evitando a emissão de 565 toneladas de gás carbônico (CO₂). “Isso mostra que estamos ampliando a produção de energia limpa, enquanto reduzimos a emissão de poluentes, contribuindo diretamente para um futuro mais sustentável”.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes