Lula pede contato pessoal de Wladimir durante inauguração da UFF em Campos

Sem cerimônia, prefeito de Campos anotou seu número apoiado nas costas do presidente da República

Durante a inauguração do novo campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Campos dos Goytacazes, na tarde desta segunda-feira (14), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu o contato pessoal do prefeito campista Wladimir Garotinho (PP).

Segundo informações, em conversa de “pé de ouvido” com Lula, o deputado federal, Caio Viana (PSD), disse ao presidente que Wladimir não seria apenas o prefeito de Campos, mas também o futuro vice-governador do estado do Rio de Janeiro ao lado do prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD).

O discurso de Caio teria sido endossado pela deputada estadual Laura Carneiro (PSD), que aproveitou a oportunidade para alertar ao presidente que o nome de Wladimir é o melhor para a chapa com o prefeito carioca, especialmente para diminuir a força de uma eventual candidatura do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil).

Após a “força” dada pelos parlamentares, o petista achou a ideia interessante e pediu o contato do prefeito de Campos.

Sem cerimônia, Wladimir anotou o seu número pessoal apoiado nas costas do presidente.

Vale lembrar que nas últimas eleições, Wladimir apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No entanto, o fato de Rodrigo Bacellar, juntamente com o atual governador do RJ, Cláudio Castro (PL), serem declaradamente apoiadores fiéis de Bolsonaro, pode ter motivado Lula a buscar uma aproximação com Wladimir.

Não é de hoje que Eduardo Paes e Wladimir Garotinho ensaiam a formação de uma chapa, que é vista por muitos como a “composição politica dos sonhos” – justamente por aliar os dois prefeitos dos dois maiores municípios do estado.

A aguardar as cenas dos próximos capítulos, existe a possibilidade dos mesmos militantes petistas que vaiaram Wladimir na UFF, em breve estarem ovacionando e apoiando o prefeito, e com a “benção” de Lula.

No evento, Wladimir não quis se comprometer com o seu eleitorado mais conversador de direita e não fez o “L”. Já Lula começou a cogitar em fazer o “W”.