Comissão de Ética da Câmara aprova parecer pela cassação de Glauber Braga; decisão segue para o Plenário

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Por diario
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Na noite desta quarta-feira (9/4), a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados aprovou o parecer do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que recomendou a perda do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ). A votação teve 13 votos favoráveis e cinco contrários.

A reunião foi marcada por intensos debates e tentativas de obstrução por parte de parlamentares do Psol e da oposição. Agora, a decisão será encaminhada ao plenário da Casa.

Antes da deliberação, Glauber declarou que iniciaria uma greve de fome em protesto contra o processo de cassação. “Passei o dia todo em jejum. E, a partir deste momento, até o encerramento deste processo, não vou me alimentar. Permanecerei aqui, convicto de que não serei vencido pelo orçamento secreto”, afirmou o deputado, que decidiu permanecer no local da reunião.

A sessão no plenário da Câmara, tradicionalmente iniciada às 16h nas quartas-feiras, conforme acordo entre o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e os líderes partidários, acabou atrasando, apesar dos apelos de parlamentares do Psol para o início da ordem do dia. Caso a ordem do dia tivesse sido aberta, a Comissão de Ética teria de interromper sua sessão.

Após as 17h, mais deputados da oposição chegaram à comissão, provocando novos embates com os parlamentares do Psol que já estavam presentes. Diante do tumulto, agentes da Polícia Legislativa Federal retiraram jornalistas e visitantes do recinto para tentar restabelecer a ordem.

“O fato de até 17h30 a ordem do dia não ter sido iniciada no plenário indica que já há um acordo para permitir que esta deliberação ocorra antes do início das votações”, argumentou Glauber Braga.

Ao anunciar o resultado da votação, o presidente da comissão, Leur Lomanto (União Brasil-BA), declarou o encerramento da discussão. Em seguida, o relator se pronunciou: “Diante desse tumulto e da confusão que tomou conta desta comissão, mantenho meu parecer. Esta é minha posição final”, afirmou Paulo Magalhães. Os parlamentares do Psol reagiram com indignação. “Isso é um absurdo!”, protestou o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP).

Fonte: Correio Braziliense

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