O Rio de Janeiro teve um aumento expressivo nos casos de roubo e furto de celulares em janeiro deste ano, conforme dados divulgados nesta semana pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). No total, foram registrados 5.708 crimes desse tipo, sendo 2.088 roubos (um crescimento de 39% em relação a janeiro de 2024) e 3.620 furtos. Na prática, significa que, em média, um celular foi subtraído a cada oito minutos. As informações são do jornal O Globo.
Segundo o levantamento do ISP, a região com o maior número de ocorrências em janeiro foi a área da 5ª DP (Mem de Sá), no Centro, com 395 casos, seguida da 9ª DP (Catete), que registrou 344 crimes, e da 16ª DP (Barra da Tijuca), com 144 ocorrências. O problema, no entanto, não se restringe à capital. Delegacias como a 126ª DP (Cabo Frio) e a 33ª DP (Realengo) também apresentaram números preocupantes, demonstrando que a situação afeta diversas localidades.

No acumulado de 2024, as áreas mais impactadas foram a 5ª DP (Mem de Sá), com 3.480 registros, seguida da 18ª DP (Praça da Bandeira), com 2.993 ocorrências, e novamente a 16ª DP (Barra da Tijuca), com 2.749 casos.
Além do crescimento dos crimes, um fator que agrava a situação é a existência de centrais clandestinas de desbloqueio de celulares. Em uma operação recente, a polícia desmantelou um desses esquemas que operava em um bar no Rio. No local, foram encontrados cerca de 200 aparelhos roubados. A ação foi resultado de uma investigação que revelou que o espaço era utilizado para desbloquear celulares furtados ou roubados. O esquema era comandado por Patrick Silva, de 31 anos, que já possuía um histórico criminal extenso, incluindo crimes como receptação, estelionato e tráfico de drogas.
De acordo com a polícia, a central funcionava discretamente nos fundos do bar, facilitando a revenda dos aparelhos. Durante a operação, Patrick foi preso, e os celulares apreendidos começaram a ser devolvidos aos donos nesta semana. Apenas no primeiro dia, cerca de 60 vítimas compareceram à delegacia para recuperar seus telefones, especialmente após a divulgação da apreensão pelas autoridades.
“A expectativa é que mais pessoas procurem a delegacia nos próximos dias, à medida que o trabalho de identificação dos celulares recuperados avança”, informou a Polícia Civil.
Fonte: Diário do Rio