O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), faleceu nesta quarta-feira (26/3), aos 77 anos. Reeleito em outubro de 2024, ele tomou posse de forma remota no dia 1º de janeiro devido ao seu estado de saúde. Com seu falecimento, quem assume definitivamente a administração da capital mineira é o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil), que já ocupava o cargo interinamente desde a hospitalização de Noman.
O prefeito foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no dia 3 de janeiro, com um quadro de insuficiência respiratória aguda, que evoluiu para pneumonia. Ele permaneceu 26 dias na UTI, chegou a ser intubado, mas apresentou melhora nos últimos boletins médicos divulgados. No dia 29 de janeiro, recebeu alta da UTI, mas continuou internado em um hospital da cidade.

Esta foi a quarta internação de Fuad Noman desde sua reeleição. Anteriormente, ele havia sido hospitalizado para tratar neuropatia periférica, pneumonia, sinusite e um sangramento intestinal. Durante a campanha eleitoral, em julho de 2024, revelou ter sido diagnosticado com câncer, conciliando o tratamento com sessões de quimioterapia.
Em outubro, a equipe médica anunciou que a doença estava em remissão. No dia da posse, mesmo de forma virtual, Fuad agradeceu aos profissionais de saúde que o acompanharam.
— Me curaram de um câncer e agora me recuperam para que eu possa estar pronto para esta nova batalha do segundo mandato — declarou na ocasião.
Em Minas Gerais, além de prefeito desde 2022, foi secretário municipal de Fazenda e vice-prefeito. Em outubro de 2024, foi reeleito em segundo turno, com 53,73% dos votos válidos.
Carreira e legado
Formado em Ciências Econômicas e com pós-graduação em Programação Econômica e Execução Orçamentária, Fuad Noman construiu uma sólida trajetória no setor público. Foi funcionário do Banco Central do Brasil, do Tesouro Nacional e ocupou o cargo de secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Além disso, atuou como diretor do Banco do Brasil, presidente da BrasilPrev e consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o governo de Cabo Verde, na África.
Em Minas Gerais, ocupou os cargos de secretário municipal de Fazenda, vice-prefeito e, desde 2022, exercia o mandato de prefeito de Belo Horizonte. Em outubro de 2024, foi reeleito no segundo turno, conquistando 53,73% dos votos válidos.
Fonte: Correio Braziliense