Hospitais estaduais do RJ atendem, em média, 405 vítimas de acidentes de moto diariamente

diario
Por diario
2 minutos de leitura

Os hospitais estaduais do Rio de Janeiro registraram um aumento de 37% no número de atendimentos a vítimas de acidentes de moto nos dois primeiros meses de 2025. Esse dado inclui os hospitais Getúlio Vargas, na Penha, Azevedo Lima, em Niterói, e Alberto Torres, em São Gonçalo.

O RJ1 exibiu diversas cenas de imprudência cometidas por motociclistas, um dos principais fatores responsáveis pelos acidentes.

Em um vídeo, um motociclista é visto pilotando com uma lata na mão, enquanto outro transporta uma televisão. Em outro flagrante, um motociclista carrega uma caixa d’água. Todos estavam sem capacete.

Os hospitais mencionados no levantamento atenderam, juntos, 1,8 mil vítimas de janeiro a fevereiro deste ano. Em 2024, as três unidades receberam quase 150 mil pessoas acidentadas, uma média de 405 por dia.

Na maioria dos casos, os pacientes chegam em estado grave, necessitando de cirurgias e transfusões de sangue. No ano passado, foram consumidos 3,5 mil litros de sangue.

A recuperação é frequentemente lenta e desafiadora. No Alberto Torres, por exemplo, mais da metade dos leitos é ocupada por vítimas de acidentes de moto.

Um paciente precisou amputar parte da perna, enquanto o garupa ficou paraplégico.

“Às vezes, ainda me vem à mente o momento do acidente, mas acredito que vou superar isso, embora seja difícil”, conta Mayke Vinicius Barbosa.

Para tentar reduzir o número de acidentes, a Prefeitura do Rio implementou duas motofaixas. A primeira, com 2 quilômetros, foi inaugurada em agosto de 2024 na Autoestrada Lagoa-Barra, em São Conrado. Antes de sua implantação, em 2024, oito pessoas se feriram nesse trecho. Após a implementação, esse número caiu para três até o final do ano.

A segunda motofaixa foi instalada em dezembro, nos dois sentidos da Avenida Rei Pelé, por onde circulam 1,5 mil motociclistas por hora durante a manhã. De janeiro até antes da instalação, houve 54 feridos e uma morte. Após a criação da motofaixa, houve apenas um ferido.

Fonte: G1

Compartilhe essa notícia