No começo da noite desta segunda-feira (10), as 400 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixaram pacificamente a Fazenda Santa Luzia, localizada na Usina Sapucaia, em Campos. Desde o amanhecer, uma grande quantidade de policiais estava no local. O delegado Ronaldo Andrade Cavalcante, responsável pela 146ª DP/Guarus e coordenador das equipes policiais, informou ao Campos 24 Horas que aguardava uma decisão judicial, o que acabou não sendo necessário. O MST comunicou ao site que alguns deputados do PT tentaram falar com o governador Cláudio Castro ao longo do dia, mas não conseguiram contato. Por outro lado, as entidades do setor produtivo de Campos e a Câmara Municipal divulgaram notas condenando o que chamaram de “ocupação indevida” das terras da fazenda, que são produtivas e arrendadas à Usina Coagro.
O delegado conversou com os manifestantes e destacou a necessidade de identificar os líderes do movimento, pois um inquérito policial foi aberto para investigar o ocorrido.
De acordo com o MST, as terras da fazenda estão em processo de adjudicação devido a dívidas fiscais e o governo destina propriedades de devedores de impostos e créditos pendentes à União, sendo que a antiga Usina Sapucaia possui uma grande dívida . Por isso, a fazenda será destinada à Reforma Agrária. O MST explicou que a ação de hoje visava pressionar o governo para acelerar o processo que está na Procuradoria da Justiça Federal. Já a Usina Coagro emitiu uma nota repudiando o que considerou uma “invasão”.
Fonte: Jornal Campos 24 Horas
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