Diego e Nildo solicitam prioridade para a CPI da Enel; afeta até climatização nas escolas

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Por diario
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Se depender dos vereadores Diego Dias (PDT) e Nildo Cardoso (PL), a instalação da CPI da Enel será priorizada entre as comissões parlamentares de inquérito a serem formadas na Câmara Municipal de Campos este ano, considerando os sérios problemas causados pela concessionária em diversos bairros e distritos do município, afetando até mesmo os setores público e produtivo. Diego Dias destaca que a concessionária de energia é “responsável pelos obstáculos enfrentados pelo prefeito Wladimir Garotinho na instalação de climatização nas escolas”, devido aos altos índices de calor recentes.

“É necessário cobrar responsabilidades dessa empresa e exigir que ela forneça informações sobre os danos causados aos moradores de Campos. As queixas chegam desde os bairros mais ricos até os mais humildes”, afirmou o vereador. Diego Dias ainda explica que os problemas causados pela empresa se relacionam com a falta de investimentos e até mesmo com a poda inadequada de árvores. “Em muitos casos, a empresa não responde. Quando o faz, demora de seis meses a um ano para resolver o problema.”

Nildo Cardoso também menciona os prejuízos enfrentados por comerciantes e produtores rurais do norte do município devido à falha nos serviços da concessionária. “É uma injustiça o sofrimento imposto pela Enel aos moradores dessas áreas. Ali está nossa maior bacia leiteira, com cerca de 60% da produção de leite de Campos. No entanto, os pequenos produtores têm sofrido grandes perdas devido à constante falta de energia para manter os resfriadores funcionando”, disse o vereador.

“Muitas vezes, a falta de luz acontece duas, três ou até quatro vezes. Às vezes, os moradores ficam a noite toda sem energia. Muitos comerciantes têm sido forçados a comprar geradores para evitar perdas nos produtos que vendem”, completou.

Em outros casos, a deficiência dos serviços compromete o uso de aparelhos eletrodomésticos. “Se você tem um ar-condicionado ou qualquer outro aparelho que funcione em 220 volts, ele vai operar em uma fase só e vai queimar. É assim que os serviços deles funcionam.”

A ineficiência dos serviços, acrescenta Nildo, também afeta consumidores que planejam instalar energia solar, já que o processo pode levar de 10 meses a um ano.

“A pessoa acaba pagando duas vezes sem ter o serviço: paga o financiamento que fez no banco e também paga pela instalação de um novo sistema de energia que a Enel deveria ter conectado à rede, mas não faz”, concluiu Nildo Cardoso.

A falha nos serviços de distribuição de energia em Campos não é recente. O vereador do PL lembra que, em seu segundo mandato (2005-2008), presidiu a CPI da Ampla (nome da concessionária anterior), ao lado dos vereadores Edson Batista (vice-presidente) e Marcos Bacellar (relator). O relatório foi entregue ao deputado estadual Edmilson Valentim (PC do B), que presidia a Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa (Alerj).

Fonte: Jornal Campos 24 Horas

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